quinta-feira, 10 de setembro de 2015


   Parado.

Sentado sobre a cama do alojamento.






   Pego aquelas cartas e começo a lembrar de toda a minha história, todo o meu passado, até mesmo o dia em que nasci, o dia em que meus pais Henry John Brinsley Manners, e minha mãe Melanie Evam Beneth, me deram desde de 1910, o nome de Joseph McKenna Brinsley, por um sonho de me tornar também o General Joseph.


   Tenho em mãos as correspondências que meu pai escrevia a mim, as cartas que durante 10 anos minha mãe escondeu. A que mais me deixou e ainda deixa pensativo, até mesmo me fazer sentir vingativo é a última de meu pai, pelo menos a última que chegou ao meu correio.


" Querido Filho Joseph,


   Se esta carta chegou as suas mãos, significa que seu velho deixou a guerra, mas não porque eu desisti, tenha certeza que eu lutei ate meu ultimo respiro, salvarei todos os soldados e famílias que conseguir. Estou te escrevendo hoje pois tive um sonho, em que eu atrás das fronteiras de um uma base militar, fui bombardeado pelo ataque aéreo do inimigo.


   O odor fétido, nos penetra garganta a dentro ao chegarmos na nossa nova trincheira, a direita dos Éparges. Chove torrencialmente e nos protegemos com o que tem de lonas e tendas de campanha verdadeiras nos muros. Ao amanhecer de um novo dia constatamos estarrecidos que nossas trincheiras estavam feitas sobre um monte de cadáveres e que as lonas que nossos antecessores haviam colocado estavam para ocultar da vista dos corpos e restos humanos que ainda haviam.





   Filho, mais de 9 milhões de combatentes foram mortos, em grande parte por causa de avanços tecnológicos que determinaram o crescimento enorme na letalidade de armas, como no meu sonho.


   Nunca me imaginei te falar isso por carta, muito menos agora, sabendo que você ainda é novo e sei que de certa forma não vai me entender. Mas quando crescer lute pelo seu país filho, como eu lutei. Que viva como nunca viveu, que ame como nunca amou, que tenha sonhos, que os realize e acima de tudo que nunca desista.


   Espero que um dia, não importa quando, estarei esperando por você e sua mãe, de braços abertos e pronto pra dizer que amo incondicionalmente vocês;


De seu pai, Henry."

   Logo sai de meus devaneios com o general Erwin Rommel daquele exercito perguntando apenas por curiosidade, se aqueles papeis tinham fatos sobre a primeira guerra. Sem pensar muito resolvi me abrir com ele, tinha naquele momento a chance de ser expulso, mas me sentia seguro para conta-lo toda a verdade.


   " - Tem sim – disse a ele – conheci um homem que presenciou a primeira guerra mundial, que participou, batalhou e foi um dos que não conseguiram sobreviver, sou o filho do Duque e também general Henry Brinsley. Sou um nobre inglês que durante 4 anos vi pessoas morrerem dentro de minha casa, vi minha mãe implorando vida aos soldados da Tríplice Aliança que à queriam morta. Encontrei esconderijos, vi casas sendo derrubadas, vi crianças sendo atingidas por balas. A primeira guerra foi o sexto conflito mais mortal na história da humanidade e que posteriormente abriu caminho para várias mudanças políticas, como revoluções em muitas das nações envolvidas. - o General boquiaberto, ouvia cada palavra cuspida por mim, a tanto ódio, mágoa e dor eu prossegui – Se agora o senhor sabendo toda a história for me punir, por não ser costume de nobres não irem ao fronte de guerra, que seja me deixando participar desta; mesmo que eu não sobreviva, quero fazer a morte de todos os falecidos valerem a pena. - Ele me interrompeu e perguntou como foi o fim da guerra, por minutos parei lembrando cada palavra que havia naquela carta. Comecei lendo a mesma e disse que como ele vi a noticia sobre os jornais.


"A partir de 1917, a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e a aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças estadunidenses ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por Lênin, prontamente assina a paz sem condições, (Tratado de Brest-Litovski) assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrota. O armistício que pôs fim à guerra foi assinado a 11 de novembro de 1918."


   E por fim daquela manchete, tinha a foto de soldados recolhendo o cadáver de Henry John Brinsley Manners, melhor dizendo meu pai.





   O mesmo surpreendeu-me emocionando, contando que também tinha uma história bem parecida, havia me aceitado apenas porque Charles era o príncipe do Reino Unido e não fazia ideia que éramos amigos.


   Já é noite, não sei ao certo o que vai acontecer amanhã. Só sei que neste momento encarando aquele velho rosto, com traços cansados e preocupados, que defini ao certo ser medo e saudade de sua família, afinal, como ele, penso na mulher e filho que deixei em minha cidade natal.


   Fomos dormir e acordei de repente com um alarme inesperado. Estávamos começando a segunda guerra mundial, por conta da invasão do exercito alemão na Polônia, neste instante nós e França nos unimos e declaramos guerra à Alemanha. Sabíamos que o tratado de Versalhes pode ter sido a causa indireta para a guerra, pois foram impostos rígidos pagamentos para a Alemanha e houve uma elevação exagerada dos índices inflacionais. Com a implantação do III Reich, o Tratado foi desrespeitado levando a reorganização das forças armadas e ao desenvolvimento da produção de armamentos. Iniciava-se então a politica de expansão territorial, proclamando a necessidade de que toda a raça germânica tivesse um espaço vital.


   O tenente me enviou a Polônia com urgência, cheguei no país e fiquei boquiaberto. A Polônia está sendo um dos países mais arrasados. Sua entrada no conflito está uma tragédia traumática. Aqueles retardatários que são chamados de exército alemão e exército da União Soviética, chamado de vermelho desencadeou o início dos conflitos com uma invasão detalhadamente planejada. Por fim o exército Polonês teve de escolher entre a rendição ou o extermínio de suas forças.  Estima-se que 6 milhões de Poloneses padeceram durante o conflito. Os Judeus foram apenas uma parcela dos poloneses perseguidos e mortos. Qualquer resistência civil era fortemente reprimida.


   Por questão de segundos vi no meu superior a imagem daquele que me inspirou a ser um soldado valente, ajudando aqueles combatentes caídos sobre o chão, tentei de alguma forma fazer o mesmo, leva-los a um lugar seguro, até que o ataque cessasse. Durante aquela guerra, o mesmo estando muito ferido, eu vi alguns ratos correndo debaixo dos casacos dos soldados, ratazanas gordas por causa da carne humana. Meu coração ficou apertado, assim que subimos para ver um dos corpos. Seu capacete caiu e rolou. O homem apresentava um rosto deprimente, com tiras de carne arrancadas; o crânio descoberto, os olhos devorados e da boca aberta apareceu um rato; e por fim com um tiro certeiro ele não sobreviveu a segunda guerra recém iniciada.


   Ouvimos o outro lado cantando músicas e, mesmo sem entender a letra, todos conheciam a melodia, afinal, até nós conseguiríamos reconhecer a música, já que “Noite Feliz” é uma canção universal para celebrar o Natal. Foi assim que vimos quanto tempo já havia se passado. Este episódio da morte de meu superior, e a canção natalina, fica como exemplo de que os homens lutam, muitas vezes, porque são obrigados, não porque desejam o conflito, nem todos que vão a guerra são soldados.


      Após ter que presenciar um país inteiro entregando-se a outro, fui enviado de volta ao meu país e exército. Consegui ajudar e salvar muitos poloneses, mas com o extermínio de Judeus eu consegui apenas fazer o que era possível como homem, não o que eu queria realmente.


   Se deixasse minha comida de lado os ratos logo a atacariam. Os ratos não tinham medo. Às vezes nós atirávamos nos nojentos roedores. Mas eu poderia ser punido por desperdício de munição, se o sargento pegasse.


   Ainda estou atolado nesta trincheira. Depois que o general faleceu, derrubaram as nossas tendas. Não me lavei. Nem mesmo cheguei a tirar a roupa, e a média de sono, a cada 24 horas, tem sido de duas horas e meia. Não creio que já tenhamos começado a rastejar como animais, mas não acredito que me tivesse dado conta se já houvesse começado: é um questão de somenos. Nosso cotidiano era perpassado por enormes dificuldades, as valas viviam cheias de águas das chuvas que misturavam na terra e formavam os barros que grudavam nas meias e botas, geralmente quando os barros secavam nos nossos pés, tínhamos que cortar o couro do pé para conseguir retirar as meias. As febres eram constantes , as micoses e frieiras.





   Demos fé de que o ataque em 1941 tivesse sido intencional e na noite seguinte, 81 bombardeiros da RAF, que era a Força Aérea Real  e seguiram para Berlim, detonando um ataque surpresa, e o repetiram dias seguintes até o final do mês. Furioso com a nossa ousadia britânica, Hitler ordena a Goering que arrase a capital. Partindo deste ponto, os ataques alemães voltaram exclusivamente a Londres, e parte dos objetivos militares foi esquecida.


   Foi um dia quente e desanuviado em Londres e, quando o crepúsculo absorveu a tarde, sabíamos que ia ser uma noite sem nuvens, salpicada de estrelas e de lua cheia. Mas não sabíamos, ainda, que aquela noite ia mudar o curso de história. Era simplesmente sábado, 10 de maio de 1941.


   Havia, naquela ocasião, uns 50 representantes e formávamos um grupo de desanimados, na maior parte. O nosso exército fora forçado a recuar no Egito e previa-se que a próxima perda seria o Canal de Suez. O número de civis mortos subia a 43.000. Mas Londres continuava de pé, embora cansados, estávamos firmes e resolutos.


   Com essa situação naquela noite, em maio. Fui promovido, após batalhar pela vida de meus companheiros, por lutar realmente pelo meu país, todos os dias, como se fosse meu último, o sonho que meus pais tanto almejavam se concretizou. O Savoy, que era uma vila localizada no estado americano de Illinois, no Condado de Champaign, reservara uma sala para a imprensa, havia várias mesas na pequena sala, uma delas com um tabuleiro de xadrez, sobre o qual se debruçavam jornalistas, completamente alheios à barulheira lá fora. Ouvia-se a batida monótona de um teletipo, mas era um som tranquilizador. As estações do metrô tornam-se o abrigo de vários de nossos londrinos.





   Além das explosões quase constantes, ouvia-se um ronco surdo e confuso que parecia encher a sala. Fui até a rua. Lá fora o ronco continuo era mais alto. Do meio do rio, pequenos barcos extintores lançavam contra as labaredas esguichos pateticamente fracos. A água parecia até alimentar as furiosas línguas de fogo, que subiam cada vez mais alto.


   _ A RAF informou que hoje há mais de 400 lá em cima. É muito avião! - O Tenente Bob Post me disse e eu indaguei – E nós, quantos já derrubamos? - Com um suspiro de vitória e de desanimo ele falou em palavras lentas - Só oito, As baterias antiaéreas não alcançam a altura que eles estão.





   Alguns meses depois, as baterias antiaéreas de Berlim alcançaram a altura do B-17 em que estava Bob Post e ele morreu.


   Os jornalistas daquele dia dirigiram ao ministério de informações. Lá estávamos. Com passo vivo, entrei na sala e invés de uma cara desanimada, estava eu sorridente.


   _ Foi uma noite daquelas – disse, com uma falta de ênfase que caracteriza nós ingleses – Os danos foram grandes. Não atingiram a estação de força de Battersea, mas em compensação atingiram quase todo o resto. Faltou água; estão tentando utilizar a do Tamisa, por meio de bombas, mas só daqui a 24 horas é que os incêndios poderão ser dominados. Os senhores devem ter achado o bombardeio muito sério, e foi de fato a pior blitz que já sofremos. Mas fiquem sabendo de uma coisa – acrescentei calmamente – creio que ganhamos a guerra nesta noite.


   Notei o espanto daqueles jornalistas e sorri, assim prossegui – Podem crer que nós estamos extremamente satisfeitos – continuei – Os senhores talvez se recordarão desta noite como a mais terrível por que já passaram. Para nós será a noite em que provamos aos alemães a futilidade de seus bombardeios noturnos. Talvez venha a ser lembrada como a noite em que a Inglaterra foi salva.


   Após todo aquele discurso sai do edifício e vi de fato a fumaça se dissipar e despontava um sol forte e alegre. Parecia incrível, mas havia uma dúzia de táxis à porta do Ministério. Os incêndios estavam apagados e já havia turmas trabalhando para consertar os principais encanamentos d'água arrebentados.


   Estão dizendo que só derrubamos 45, mas na certa e provavelmente outros 60 também. Eles não se atreverão mais a bombardear Londres. Se pelo menos tiverem juízo, não voltarão. Temos um novo aparelho que nos guia diretamente para onde eles estão, só nós superiores sabemos disso, mas é o que está dando certo no momento.


   "Haverá sempre uma Inglaterra", cantarolei aos soldados, levando uma imensa bandejas com bules de chá e pratos cheios de torradas como agradecimento. Esta canção não é muito popular por aqui, muitos há acham exageradamente sentimental. Mas naquele momento, por alguma razão, já não a considero assim. Logo depois, chamei a tropa para vasculhar em busca por sobreviventes.


   É nessa madrugada escura que a saudade aumenta. Parece que nós perdemos todo o sentimento de solidariedade. Mal nos reconhecemos quando a nossa imagem de outrora cai debaixo do nosso olhar de fera perseguida. Somos mortos insensíveis que, por um estratagema e um encantamento perigoso, podemos ainda correr e matar. Estamos ainda lutando por algo que não sabíamos mais o que, olhávamos para o lado e não se via mais casas, não se via mais céu, não se via alegria.


   No Pacífico, as batalhas entre o Japão e os Estados Unidos, lembrando que estavam sendo auxiliado por nós e pela Austrália, continuaram e marcaram um dos períodos mais tristes da história da humanidade.


   Esta Segunda Guerra foi muito mais intensa que a primeira, como meu pai me escrevia. Começava pelos equipamentos usados, até os números das mortes e tipos de utilitários usados.


   É 2 de setembro de 1945, o seu fim foi datado, eu vivenciei o Japão rendendo-se. Era o final da Guerra. Com apenas um pedaço de minha perna e com o fim da guerra foi quando consegui abrir meus olhos e ver todos aqueles vermes aproveitando do resto que tinha de minha carne, os soldados me levaram com urgência para o único hospital que ainda havia sobrevivido, o hospital que conheci Mary Ellen Dessamust, minha esposa, a mulher da minha vida. Logo quando entrei no quarto, vi aquele rosto maravilhoso que me acalmava tanto. Tinha se passado sete anos e ela continua tão linda, um rosto preocupado e dócil ao mesmo tempo, estava deixando a minha preciosidade, comecei a chorar com o impulso que meu coração estava batendo, abracei-a forte e com muito desejo de vê-la e ver o meu filho. Não dissemos nada, apenas a entreguei uma carta que na noite passada havia escrito. Como meu pai, tive um sonho, onde eu seria atingido pelo inimigo e não sobreviveria por muito tempo. Pelo menos tive curtos dois meses para me despedir daquele jovem.



   Lembrei-me de uma das cartas em que meu pai me escreveu falando sobre o Dia-D, que era um código para marcar o início de uma operação, em que sua fase de planejamento, leva em consideração que várias medidas devem ser tomadas antes e após o início dos combatentes e que devem ser organizadas em função da data e hora precisas da operação. entretanto, tendo-se em vista que vários fatores podem alterar o dia do início de qualquer operação militar ,seria impossível  e até mesmo inseguro fazer circular vários documentos  seria impossível e e até mesmo inseguro fazer circular vários documentos contendo a data específica. Assim o planejamento é estruturado marcando-se o dia(D), Hora(H) e Minuto(M) do começo da ação. Era 6 de Junho de 1944 o chamado dia D, reuniu cerca de 100 mil soldados, com o apoio de 6 mil navios e 5 mil aviões, que desembarcaram na costa da Normandia, França, abrindo uma nova frente de guerra no oeste. 

   Pedi que assim que chegasse em casa, lê-se a meu menino o que ali eu tinha escrito. E com a certeza que assim fez, o sargento e uma irmã oraram por mim, pedi perdão por todas as mortes que não consegui cessar.


   Sei que escrevi naquela correspondência tudo o que eu queria ter dito ao meu filho nesse longos anos.


" Querido Joseph II,


   Esta é a última carta que escrevo a você, meu amado filho. Foram tantas que lhe escrevi, para mim eram como um balsamo na minha alma, faziam-me ficar mais perto de você. E esperava cada resposta como uma cura que aliviava os tormentos que vivi.


   Existe algo ilimitado no amor de um pai, algo que não pode falhar, algo no qual acreditar mesmo que seja contra o mundo inteiro. Tal qual o amor de um filho, e foi o meu amor por você e o seu amor por mim, que me fez aguentar tantos horrores. Nos dias da nossa infância, gostamos de pensar que nosso pai tudo pode; eu pensava assim quando criança, meu pai tudo podia, era herói. Quero ser assim lembrado, não por ter servido ao nosso país, não por ter estado numa guerra, não me orgulho disso. Muitas vezes abaixei minha cabeça para lembrar de você, pensar como você estava





   Também acabei vendo coisas que nenhum humano deveria ver, como uma mulher sendo espancada e humilhada, pela população alemã, pelo simples fato de ser judia, já que naquele momento Hitler buscava a expansão territorial, causando então as mortes dos judeus, por serem considerados uma raça imunda.




   Até mesmo os oficiais estavam fazendo os jovens soldados alemães, chorar de medo



   Em um campo fora de Varsóvia, uma menina polonesa, por volta de 10 anos, chorava sobre o corpo da suposta irmã. Enquanto colhia batatas ela foi morta por um alemão, que tinha nas mãos uma metralhadora e que buscava matar os judeus.



   Acabei compartilhando meu próprio alimento com as crianças italianas ,,,



... até mesmo com animais



   A unica parte em que me senti feliz, foi quando elevamos a bandeira inglesa para o alto





   Com todos esses fatos que lhe conto nesta carta, só quero ser lembrado por você como um pai que muito te amou, se servi ao exercito de nosso país, foi também por amor ao meu filho, para que um dia, pudesse viver em um mundo sem guerras, onde o ser humano não brigue por um pedaço de terra, não lance bombas em casas somente porque pensa diferente, sonhei com uma vida linda pra você. Viva-a por mim.


   Meu grande desejo é de te olhar mais uma vez nos olhos E dizer tudo que não tive tempo de dizer, eu seria sincero em cada palavra mesmo se você não entendesse pela sua pouca idade. Existe uma distância tão grande entre nós, que só ameniza quando fecho os olhos e lembro quando você nasceu, minha maior alegria na vida, nasceu dentro do período de guerra, uma esperança de que o mundo ainda era um lugar pra se viver e amar.

   A saudade no meu peito é grande e esse desejo de sentir teu abraço forte e frágil ao mesmo tempo. Que me dá forças para travar essa última batalha da minha vida.


   Querido Henry, lutei bravamente pelo teu amor e o da tua mãe, queria voltar pra vocês. Voltarei na figura de uma Medalha, que será entregue a você, quando eu me for, espero que a guarde sempre contigo, sempre que a ver já deteriorada pelo tempo, lembrará de teu pai.



General McKenna
De alguém que te amou muito, Joseph."






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